Uma viagem ao passado e aos artigos que escrevi há alguns dias.
Apresento-vos uma rubrica nova neste meu blog. É uma rubrica dedicada aos meus textos mais antigos. Apesar de temporalmente desatualizados, creio que vos darão ser úteis, sobretudo para conhecerem o meu trabalho no passado. Igualmente é-me útil porque posso verificar se melhorei ou não na minha escrita e igualmente aquilo que deverei fazer para melhorar.
Comentário sobre o início da Eurovisão 2018
Foi no passado domingo que se deram início aos ensaios da edição do Festival Eurovisão da Canção (no original Eurovision Song Contest) deste ano, que acontece já na próxima semana, no Altice Arena, em Lisboa. Tudo parecia correr como planeado, não fosse o inesperado acidente de Mikolas Josef. Durante os ensaios, o concorrente checo magoou-se gravemente nas costas, tendo sido hospitalizado. Apesar do sucedido, o cantor não pondera desistir e vai subir ao palco da Eurovisão custe o que custar.
Ninguém desiste para levar para casa o microfone mais desejado do mundo da música. No total são 43 países que irão competir pelo título de melhor canção, e que irá assim suceder a “Amar pelos Dois” de Salvador Sobral, artista recentemente condecorado pelo Presidente da República. Não podemos jamais esquecer o seu feito, nem as suas palavras na edição de 2017: "A música não é fogo-de-artifício, a música é sentimento”, algo que a organização segue à risca. No que foi visto nos ensaios, e de modo geral, as atuações continuam a ser muito ricas em efeitos visuais, mas a diferença é que estes se fazem pela luz artificial e pelos efeitos digitais, havendo uma preocupação dos produtores executivos da RTP em deixar a sua marca de humildade.
Quanto às canções o maior destaque vai, por agora, para “Mercy”, a canção da França da dupla Madame Monsieur. “Nasci esta manhã e chamo-me Mercy”, são estas as primeiras palavras da letra da canção que conta a história de um bebé nigeriano baptizado como Misericórdia (tradução literal) e que nasceu em Março de 2017 a bordo do barco humanitário Aquarius, em plena viagem migratória para cruzar o Mar Mediterrâneo. Mesmo com desígnios políticos, ao chamar à atenção para a interminável crise de refugiados, a canção apela às questões da identidade, e ao facto de termos direito à vida, apelando à misericórdia para com os outros a partir de nós mesmos.
Este ano, não é só um país a ser extraordinário, são vários, confirmando que a mensagem de Sobral foi ouvida. Destaque ainda para a Itália com “Non mi avete fatto niente”, que fala dos recentes atentados que ocorreram na Europa como em Barcelona, Nice, Paris ou Londres e de que “tudo vai além das vossas guerras estúpidas”. Já Israel mostra que as mulheres não são brinquedos com a sua mensagem sobre os recentes casos de assédios sexuais em “Toy” pela voz da formidável Netta.
Esta canção é mesmo a favorita segundo a casa de apostas, mas nos ensaios ficou um pouco eclipsada pelas atuações da Lituânia e da Albânia. Por fim, a sempre poderosa Bélgica escolheu Sennek e “A Matter of Time”, que trará um pouco de estilo de James Bond ao palco. Na verdade, é a sua canção que nos deixa cada vez mais ansiosos para que um festival preponderantemente popular, seja aceite por todos como a verdadeira rampa de lançamento de grandes nomes na música. É tudo uma questão de tempo.
Este artigo refere-se à Eurovisão 2018 e foi publicado originalmente no jornal JM-Madeira.
Este ano, não é só um país a ser extraordinário, são vários, confirmando que a mensagem de Sobral foi ouvida. Destaque ainda para a Itália com “Non mi avete fatto niente”, que fala dos recentes atentados que ocorreram na Europa como em Barcelona, Nice, Paris ou Londres e de que “tudo vai além das vossas guerras estúpidas”. Já Israel mostra que as mulheres não são brinquedos com a sua mensagem sobre os recentes casos de assédios sexuais em “Toy” pela voz da formidável Netta.
Esta canção é mesmo a favorita segundo a casa de apostas, mas nos ensaios ficou um pouco eclipsada pelas atuações da Lituânia e da Albânia. Por fim, a sempre poderosa Bélgica escolheu Sennek e “A Matter of Time”, que trará um pouco de estilo de James Bond ao palco. Na verdade, é a sua canção que nos deixa cada vez mais ansiosos para que um festival preponderantemente popular, seja aceite por todos como a verdadeira rampa de lançamento de grandes nomes na música. É tudo uma questão de tempo.
Este artigo refere-se à Eurovisão 2018 e foi publicado originalmente no jornal JM-Madeira.
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